quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Post de Natal


E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

João 1: 14 – Bíblia Sagrada versão Almeida Fiel e Corrigida.

Desde julho tenho o privilégio de ser lido e edificado pelos posts e comentários de outros blogueiros cristãos. Alegro-me em ver um pouco do que Deus anda fazendo na vida de cada um, para que Seus propósitos sejam cumpridos neste planetinha que Ele considera tão especial.

Sem citar nomes para não excluir ninguém, quero desejar a todos um Feliz Natal e um próspero 2006 d. C.. Depois de quem mesmo ?!?!

Louvai ao Senhor Jesus!
(selah)

Divide ut Regnes

Divida e reine! Melhor do que combater as tropas inimigas, é fazer com que, graças à alguma dissensão, ela se mate sozinha. Sun Tzu já havia dado tal conselho, que foi requentado por Lênin e por outros estrategistas e pragmáticos. O diabo procura sempre fazer o mesmo. Quer lançar dentro da igreja milhões de contradições que, desviando o foco dos cristãos de suas verdadeiras atribuições, acabem por minar a unidade do Corpo de Cristo.

Uma das formas eficientes de fazer isso é passar um verniz cristão em pensamentos mundanos. O primeira vítima, aturdida pela “descoberta”, projeta na Igreja as falhas que tais teorias possuem e lança a semente da contenda e da relativização dos mais elementares princípios da Palavra de Deus.

Eis minha opinião a respeito do episódio do blog (já fora do ar) “Outro Deus”.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Sobre o legalismo

Quem está mais preocupado em saber até onde pode ir do que em estar cada vez mais perto de Deus está sempre querendo saber o que pode e o que não pode fazer. Quando essa disposição mental reprovável, como diria o apóstolo Pedro, começa a ganhar espaço no meio de uma comunidade, a reação dos líderes não é menos repulsiva. Começam a pulular as proibições, os estatutos, e aqueles escândalos muito mais relacionados com a impureza do escandalizado do que com a falha do escandalizador, que nem sempre, de fato, pecou. Assim o Evangelho se distorce, e o que deveria ser a mais completa e perfeita celebração da liberdade começa a se transformar em nada menos que um amontoado de regras que já não mais cria discípulos de Jesus, mas meros membros de denominações sectárias.

É aterradora a semelhança com que cristãos de determinadas igrejas falam, se vestem e se comportam. Ai daquele que fugir do padrão, pelo critério mais irrelevante que seja. Pois o legalista é sempre autoritário, e sempre quer lançar fardo semelhante ao seu aos ombros de quem não o tem. Sua visão do Evangelho é por demais primária, restrita e obtusa. Em grupo, legitimados pelo consenso, tornam a ideosfera local totalmente insalubre. Considerando-se zelosos, fazem o trabalho do acusador, que, no camarote, dá risada. Findam-se as reflexões e o estudo da Palavra e brotam os slogans e as palavras de ordem. Acaba-se o discipulado e começa o adestramento.

Talvez um dia os legalistas percebam que, sem liberdade, não há escolhas moralmente válidas. Então estarão prontos para seguir a Deus com suas próprias consciências, e por fim, entendendo o sentido máximo do sacrifício de Cristo, passarão a viver debaixo da graça.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Pequena consideração sobre a inveja

José Ingenieros, em uma bela obra chamada O Homem Medíocre, alerta:

“Aquele que tem méritos sabe o que eles custam, e os respeita; estima, nos outros, o que desejaria que os outros estimassem nele. O medíocre ignora esta admiração franca: muitas vezes se resigna a aceitar o triunfo que ultrapassa as restrições da sua inveja. Mas aceitar não é amar, resignar-se não é admirar. Os espíritos de asas curtas são malévolos; os grandes engenhos são admirativos”.

É verdade que elogios são facas de dois gumes, pois podem inflar o ego de quem o recebe de forma patológica. Fazê-los e recebê-los, é, definitivamente, uma arte que requer sabedoria e sensatez. Mas a pessoa que reluta em ter por outras a admiração que inspira elogios sinceros, mesmo para notórios merecedores, pode estar sofrendo desse mal, que é como uma metástase que corrói tanto o caráter quanto a auto-estima: a inveja. Fruto de uma comparação que gera um sentimento de inferioridade ressentida e impotência, a inveja logo torna-se ódio. E todo ódio é suicida. Sofre mais quem odeia do que o odiado. Com razão Davi cantou: “cria em mim, Senhor, um coração puro”.