sábado, 25 de dezembro de 2010

Post rápido de Natal


Feliz Natal! Opa, pelo que tenho visto, continua valendo, e cada vez mais, o aviso que escrevi no ano passado.

E para 2011, pretendo escrever mais aqui no blog. 2010 foi uma correria, me senti numa gincana, principalmente no segundo semestre. (E aprendi a odiar gincana nos retiros da igreja.)

Neste post, o André reflete sobre algumas lições de Spurgeon sobre o Natal.

E aqui, um breve recado de John MacArthur, para avaliarmos nosso amor Àquele que veio como menino, mas que reina e vive para todo o sempre, o Senhor Jesus.

Fui!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Universidade Mackenzie: Em defesa da liberdade de expressão religiosa

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.


Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).


Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.


Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 (link: http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808)e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.


Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

Para ampla divulgação.


terça-feira, 20 de julho de 2010

PT e FARC: Recordar é viver...

Hoje tem artigo meu no Mídia Sem Máscara: PT e FARC: Recordar é viver...
(Este artigo foi citado por Índio da Costa no Twitter. Agora só falta a oposição tomar uma atitude concreta.)




Até figuras
como Alborghetti, Merval Pereira e Raul Reyes falaram dos vínculos entre o PT e as Farc. Por que o PT quer processar só o PSDB?

Se o PT quiser processar todo mundo que os liga aos narcotraficates, vai faltar tribunal. Pois além dos pioneiros Constantine Menges, Olavo de Carvalho, Graça Salgueiro, Heitor de Paola e outros articulistas do MSM, que há anos escrevem rotineiramente das conexões entre o PT, as Farc e outros grupos terroristas e do narcotráfico latino-americano, outras pessoas já denunciaram os fatos que só agora, após anos de devastação petista, Índio da Costa, seguido pela tucanada (José Serra, Sérgio Guerra, Geraldo Alckmin) resolveu comentar.

Então, considerei útil agregar alguns links, vídeos e comentários a respeito. Encontrei-os rapidamente, clicando web afora, nesta segunda (19), interessado que estava para ler a respeito.

Bem, o PT já não pode mais processar Raul Reyes, o segundo das Farc, abatido pelos bravos militares colombianos numa operação que também capturou o notebook do traficante, que continha informações sobre... Bem, para não restar dúvidas, segue trecho da entrevista do ex-vice das Farc, realizada pelo jornalista Fabiano Maisonnave, lá atrás, em agosto de 2003, na não menos revolucionária Folha de S. Paulo:

Folha de S.Paulo - Qual é a sua avaliação do governo Lula?

Reyes - Tenho muita esperança em que o governo Lula se transforme num governo que tire o povo brasileiro da crise. Lula é um homem que vem do povo, nos alegramos muito quando ele ganhou. As Farc enviaram uma carta de felicitações. Até agora não recebemos resposta.

Folha de S.Paulo - Vocês têm buscado contato com o governo Lula?

Reyes - Estamos tentando estabelecer --ou restabelecer-- as mesmas relações que tínhamos antes, quando ele era apenas o candidato do PT à Presidência.

Folha de S.Paulo - O sr. conheceu Lula?

Reyes - Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.

Folha de S.Paulo - Houve uma conversa?

Reyes - Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.

Folha de S.Paulo - Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?

Reyes - Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.

Folha de S.Paulo - Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?

Reyes - As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na época do presidente [Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil.

Folha de S.Paulo - O sr. pode nomear as mais importantes?

Reyes - Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas...

Folha de S.Paulo - Quais intelectuais?

Reyes - [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.

Folha de S.Paulo - No Brasil, as Farc têm a imagem associada ao narcotráfico, em especial com o traficante Fernandinho Beira-Mar. A Polícia Federal concluiu que ele esteve na área das Farc junto com Leonardo Dias Mendonça. O sr. confirma?

Reyes - Não sou um policial, sou um revolucionário. A Colômbia não é tão grande como o Brasil, mas tem 1.142.000 km2, e as Farc estão presentes em todo o país. Qualquer um que chegue do Brasil, da Europa ou dos EUA a qualquer um dos Departamentos da Colômbia, pode vir a ter contato com a guerrilha.

(http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u62119.shtml)

Fica a pergunta: Raul Reyes pôde falar das conexões PT-Farc. Por que Índio da Costa, não?

Adiante. Em março de 2005, como se publicasse grande novidade, a revista Veja apresentou a reportagem Laços Explosivos: Documentos secretos guardados nos arquivos da Abin informam que a narcoguerrilha colombiana Farc deu 5 milhões de dólares a candidatos petistas em 2002. Para quem já lia o Mídia Sem Máscara, a revista chovia no molhado.

Em 2008, até Merval Pereira [ver nota] tocou no assunto (valeu, Aluizio Amorim). Sabemos, Merval Pereira pode ser acusado de tudo, menos de conservador, de anti-esquerdista, de inteligente, etc.

Eis o vídeo:



O velho Alborghetti (bem lembrado, kamaradas do Vanguarda Popular) também não deixou por menos. No mesmo ano, lia em seu programa de tevê matéria da jornalista Juliana Castro, que tratava de uma atitude de militares da reserva brasileiros: com base nas informações apuradas pela revista Cambio, falavam das conexões entre o PT e o grupo narcoguerrilheiro auto-intitulado Farc. O PT quer ferrar os militares a todo custo, mas jamais processou o falecido Luiz Carlos Alborghetti.



O jornalista Políbio Braga comentou ontem no Twitter, que as Farc foram recebidas pelo então governador Olívio Dutra, do PT, no próprio palácio do governo do Rio Grande do Sul. Olavo de Carvalho comentou o episódio na época, não sem antes citar uma declaração de George Bernanos que adquire cada vez mais uma inegável dimensão profética. Em suas palavras:

Georges Bernanos, um profeta que tinha o péssimo hábito de acertar, disse na década de 40 que "o Brasil é um país maravilhoso, mas infelizmente destinado a ser palco da mais sangrenta das revoluções".

Se depender das autoridades gaúchas, isso é para já. Receber líderes das FARC para conversações secretas, dar-lhes proteção estatal para que ensinem até a crianças de escola as metas e métodos da narcoguerrilha colombiana é o mínimo que o governo do sr. Olívio Dutra se permite (http://www.olavodecarvalho.org/semana/04212002zh.htm).

Ainda há mais. Como a nomeação da esposa do pseudo-padre articulador das Farc Olivério Medina, para uma "boquinha" na Secretaria Especial de Agricultura e Pesca, a pedido de Dilma Roussef. Saiu na Gazeta do Povo:

A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, órgão do governo federal com status de ministério, emprega desde 2006, em um cargo de confiança, a paranaense Ângela Maria Slongo, mulher do ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Francisco Antônio Cadenas Collazzos, conhecido como Oliverio Medina. Ela também é, desde 1986, professora concursada da Secretaria de Educação do Paraná e foi cedida pelo governo do estado ao órgão federal em 2006 - num pedido feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao governador Roberto Requião.

Acusado de homicídio e terrorismo na Colômbia, Medina viveu em prisão domiciliar em Brasília entre 2005 e março do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu o pedido de extradição para o país vizinho.

(http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=772307&tit=Mulher-de-ex-guerrilheiro-das-Farc-tem-cargo-no-governo)

Reinaldo Azevedo também escreveu artigo relembrando de alguns desses fatos, e tem mais informações por aí. Elenquei algumas, dando ênfase aos veículos de comunicação bem conhecidos da patuléia, para não aparecer nenhum bobalhão dizendo que se trata de mais uma "teoria da conspiração".

Sabe como é. Estamos lidando com brasileiros. Gente que vota em tucanos e petistas.

Nota de esclarecimento:

É útil lembrar que Quando Olavo de Carvalho foi demitido do Globo, o editor dos seus artigos era Merval Pereira, que também ocupava um cargo na diretoria e assinava uma coluna semanal. Enquanto Olavo denunciava os fatos que comprovavam a articulação do PT com as Farc através do FSP, Merval tratava de amenidades. Em julho de 2005, Olavo foi dispensado do trabalho, sem aviso prévio, única e exclusivamente porque suas denúncias estavam criando um desconforto insuportável no ambiente do jornal. Em outras palavras, Merval é um dos responsáveis por Olavo ter perdido o emprego, e, com muitos anos de atraso, copia o colunista que ele próprio demitiu por denunciar a mesma matéria que ele repete na gravação da GloboNews.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pela restauração dos absolutos


Se não houvesse um padrão de moralidade absoluto, discussões morais não fariam o menor sentido, lembrava C. S. Lewis. Padrões morais distintos só podem ser comparados à luz de um padrão moral absoluto, oriundo, inescapavelmente, de um Legislador Moral absoluto.

E se na esfera individual a ética é absoluta, também deve ser em âmbito coletivo. E o ordenamento da sociedade, quanto mais alinhado a este padrão, melhor será. Alguma dúvida quanto a isso? Se ainda há - mesmo diante do colapso moral e intelectual do Brasil - vale investigar, na história, as idéias predominantes na ascensão e no declínio dos povos e civilizações.


Outra conclusão fundamental, e até óbvia, de Aristóteles, que serviu de alicerce para toda a filosofia política na Idade Média, seja no contexto árabe, cristão ou judaico, foi a de que se a polis é o domínio onde os atributos da natureza humana podem se realizar de forma plena, para compreendê-la é necessário ter uma visão clara e realista da natureza humana, dos seres que compõem a polis. Enquanto os acadêmicos de hoje se descabelam, considerando problemático o fato de que, nas ciências humanas, o sujeito que estuda e o objeto de estudo é exatamente o mesmo - o homem-, Aristóteles e os grandes filósofos daqueles tempos afirmavam que essa era, e é, justamente, a solução do problema, no que tange à epistemologia.


Por que essas considerações? Simples. Para lembrar que política, e o conhecimento válido a respeito do assunto, não se reduzem meramente a achismos, mera subjetividade, atribuir culpa a esta ou aquela corrente, ou que “falou em política, falou em sujeira”, como se esta dimensão da natureza do homem, como se este ramo do conhecimento, fosse algo essencialmente maligno. Se é, por que se tem tanta esperança que processos, planejamentos, agentes, ideologias e partidos políticos podem trazer melhorias concretas para a sociedade?


Triste é constatar que os indivíduos mais esperançosos no aprimoramento do homem e da sociedade por meio dos processos políticos são os primeiros a jogar para o alto as premissas mais preciosas do conhecimento nesta área, recriminando toda e qualquer oposição a seus postulados apriorísticos (ideologia é essencialmente uma doença cognitiva baseada no apego irracional a postulados desta ordem, desconexos de mediação empírica, com a realidade) de forma arbitrária.


Para cristãos, cair nestes erros é ainda pior. Uma fé que: (1) defende o caráter absoluto da moralidade, (2) afirma a condição caída do homem, e com um (3) parecer taxativo deste Deus onisciente e perfeito sobre a condição moral da humanidade: “vós, que sois maus” (Mt.7:11), não pode, de forma alguma, ceder a relativismos epistêmicos, que jogam a orientação política de cada fiel no cesto das preferências meramente subjetivas, e das utopias que prometem paraísos na terra. Que paraíso, que reino de justiça e paz é esse repleto de homens que, enquanto estiverem vivos, serão maus?


Aí estão conclusões inescapáveis para qualquer pessoa com um mínimo de bom senso. Infelizmente, o ímpeto revolucionário, ou seja, a revolta contra a realidade, a suprema rejeição de sua condição, de sua natureza e das circunstâncias quais foi inserido, por parte do homem, se alastrou de tal forma no presente estágio da história, que a perda, ou melhor, a cegueira obstinada quanto a estes princípios redundou no surgimento das assassinas ideologias de massa, e na infiltração destas em todos os ramos do conhecimento humano. Perdidos os princípios, o debate no campo das ciências humanas, em larga medida, reduziu-se a algo semelhante às discussões de futebol: “meu time (no caso, ‘minhas teorias favoritas’) são melhores que as suas simplesmente ‘porque sim’”.


Mais de uma vez debati com pessoas que, não podendo lidar com estes e outros princípios, pois se chocavam brutalmente com suas opiniões de estimação (na prática, verdadeiras muletas existenciais), apelavam para o xingamento, para o chiste vazio, e para risadinhas que evidenciavam mais o estado deplorável de suas almas do que qualquer outra coisa. Jamais cogitaram na possibilidade de que filosofia política, ciência política, e economia política são assuntos tão espirituais quanto soteriologia, cristologia, harmatiologia, etc.


“Não vou mais discutir com você. Vou escolher outros eruditos, que falam justamente o contrário, e seguí-los”, disse-me certa vez um rapaz. Não foi o primeiro a me chamar de “erudito”, o que denota não só o desaparecimento dos eruditos, mas, pior, a quase onipresente incapacidade de identificá-los; sequer sabe-se o que é um autêntico erudito atualmente. O mais grave mesmo, na afirmação da pobre alma, é que ela me remeteu diretamente a um aviso bíblico:


Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.
(2 Tm. 4: 3,4)


É claro que é sempre divertido encurralar gente presunçosa. Mas é lamentável ver este rapaz, e toda uma geração, rejeitando, na prática, os princípios, os absolutos, a noção mesma da verdade e da possibilidade de conhecê-la. Na política, na antropologia, na teologia, na busca de conhecimento sólido e devidamente fundamentado. Querendo dominar e aprimorar o mundo, perderam o controle de suas próprias mentes, e tornaram-se zumbis, autênticos mortos vivos, e levam o cheiro da morte por onde passam.


Já afirmei anteriormente que ser um “cidadão do nosso tempo” é essencialmente afirmar com todas as forças não suportar a mentira e a injustiça, e em seguida, dizer que a verdade é relativa e que não existe certo e errado. Há muitos que não chegam a tanto, mas abrem exceções para algumas áreas, e política costuma ser preferida. Ainda assim, sem notar na contradição em que caem, querem dar seus pareceres no assunto. Comprometidos com a verdade é que eles não podem estar, certo?


segunda-feira, 29 de março de 2010

A farsa integral de Ariovaldo Ramos


Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito.
Abraham Lincoln


O que dizer de alguém que, dizendo-se cristão, apoiou, defendeu e integrou um governo aliado em escala continental com terroristas e narcotraficantes, fazendo da corrupção, da chantagem e da arapongagem, método de gestão, trabalhando em prol do lobby gay, do aborto, e da ruptura do pouco que restou do legado judaico-cristão no estamento jurídico brasileiro?

E mais: foi até Caracas prostrar-se ante Hugo Chávez, calou-se a respeito das dezenas (tenho a lista) de escândalos lulo-petistas, e não disse um “a” contra estripulias totalitárias como o montruoso PNDH-3, a Confecom, a Conferência de Segurança Pública, forjadas puramente para que os novos sovietes – as ONG´s cooptadas e os tais “movimentos sociais” -, driblem as instituições e acelerem o processo de cubanização do Brasil.

Sim, excetuando a idolátrica visita ao psicopata venezuelano, este é o caso de muitos cristãos do Brasil. Mas agora refiro a um em particular, que usa a teologia para injetar velhos sofismas socialistas na mente de centenas de incautos: meus prezados, cuidado, pois agora estamos lidando com Ariovaldo Ramos.

E aí, já deu uma olhada no Google Images? Não, ele não é irmão do Jorge Aragão, ao menos até onde se sabe. O samba dele, como vocês já vão constatar, é o do comunista doido. Ou não é doido quem, quando encurralado por cristãos anticomunistas diz: “não sou pró aborto, não sou pró gayzismo, seja lá o que isso signifique”, mesmo manifestando-se satisfeito porque “cumprindo a lei, o aborto foi realizado”, no polêmico episódio do estupro da menina de nove anos em Pernambuco, em artigo publicado no site das “comunidades de base” de Minas Gerais?

Vamos a alguns trechos do artigo de Ariovaldo Ramos:

Aqui a questão: quem deve ser protegida, nesse caso, é a menina. Estamos diante do principio estabelecido por Jesus Cristo. Desta feita, o sujeito de direitos é a menina. O sagrado direito à vida por que luta a Igreja Romana e todos nós, agora, tem de ser invocado para proteger a menina aviltada em seu direito à infância e à dignidade. É à menina que está, primariamente, sendo negado o direito à vida.

Lamentavelmente, este é um caso em que não é possível proteger a todos. Choramos pelos inocentes que não puderam vir, mas Deus entende que estamos a resgatar a inocente que já está entre nós.

Perceberam o nível da “argumentação”? Para preservar a vida da menina, mata-se o filho vindouro. Não se cogita a hipótese de dar assistência psicológica à nova gestante, nem preservar o nascituro. Levar em consideração a biologia (pois só engravida que está apta fisicamente para gerar), nem pensar... Importante é que “cumpriu-se a lei”. Se matar um nascituro inocente para que a lei seja cumprida está correto, distorcer as Sagradas Escrituras para endossar o aborto não é nada demais, não é mesmo? E mentir no site dos conservadores, então, o que seria? Ora, os conservadores...

A trajetória burlesca de Ariovaldo Ramos ainda tem outros marcos lamentáveis. Ele foi presidente da Visão Mundial, uma ONG que recebe dinheiro da fina flor da máfia globalista: as bilionárias Rockefeller, Bill & Melinda Gates e Ahmanson Foundation. “Diga-me quem te patrocina, e te direi quem és”. Bem, essas fundações patrocinam grupos abortistas, gayzistas, feministas, ambientalistas, indigenistas, etc. Fortalecer uma organização como a Visão Mundial, tida como cristã, para essa elite que sonha com um governo mundial, é um prato cheio: “oba, nada melhor do que cooptar cristãos, os que mais podem nos atrapalhar no futuro”. E lá estava Ariovaldo Ramos, peça chave no esquema todo.

A facção terrorista MST também mora no coração de Ariovaldo. Todo orgulhoso, ele conta num artigo que “foi convidado” para os 25 anos do braço armado do PT. Claro, é da turma. Também foi “conselheiro” da fanfarronada chamada “Fome Zero”.

Sem o menor pudor, cita o livro do profeta Amós como se estivesse citando Marighella. Como se uma ideologia com seus três séculos de matanças e mentiras fosse a mais pura expressão dos princípios milenares da fé judaica e da fé cristã. Como se não fosse o próprio Cristo quem tivesse comparado tantas vezes o Reino de Deus como uma vinha e seus lavradores, uma pedra preciosa pela qual um homem vende tudo o que tem para obtê-la, ou às dez virgens, das quais cinco prudentes, que não compartilharam seu óleo com as cinco incautas.

Se depois dessas analogias do próprio Senhor Jesus restar ainda alguma dúvida quanto à legitimidade do livre mercado, da propriedade privada, e das mútuas responsabilidades na relação entre patrões e empregados, na “parábola dos dez talentos” Jesus Cristo esclarece tudo, usando fatos do cotidiano, da vida econômica, para ensinar verdades espirituais mais profundas.

Então você devia ter confiado seu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros. Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez.(Mt. 25:27).

Como na época não havia ariovaldos para implicar com o intenso e livre comércio do império romano, logo o cristianismo foi se espalhando. Um pepino a menos.
Já a fé que Ariovaldo Ramos propaga incita a “luta de classes”. Duvida? Dá uma lida:

Eu quero o socialismo dos crentes que, em meio à marcha dos trabalhadores e, diante do impasse do confronto com as forças do estabelecido, grita ao megafone: companheiros, avancemos! Deus está do nosso lado!

Agora me diga qual é o adolescente que, após quatro horas diárias de exposição aos “paulofreirismos” e “vygotskysmos” da doutrinação imposta pelo MEC, não imagina, imediatamente, após ler uma asneira dessas, os tiros, os gritos, as foices, enxadas e picaretas levantadas pela massa que vai adentrando mais uma fazenda e destruindo tudo pelo caminho, em nome da “justiça social” ariováldica?

Este é só um exemplo do que podemos encontrar em seus artigos e pregações. Já tentei dialogar com um discipulinho de Ariovaldo Ramos, membro do EPJ e da tal Rede Fale, patotas para as quais Ariovaldo é ídolo e mentor. A figura chegou a dizer que comércio é pecado, cheio de si. A quem mostrei trechos do “debate”, ouvi conclusões similares: “Ele é doente. E burro demais”. São os frutos cognitivos do socialismo. Nem por isso, Ariovaldo deixa de passar em seu blog o número de sua conta no Bradesco, para receber contribuições.

Amigo de sofistas rasteiros, símbolos do latrinário liberalismo teológico tapuia, como Ed René Kivitz e Caio Fábio, que ele garante que é uma pessoa extraordinária, Ariovaldo Ramos chama toda essa mistura abominável entre comunismo e falácias pseudobíblicas de “Missão Integral”.

Noutro texto, todo bicudo, dando indiretas receoso em citar o MSM, Ariovaldo resmunga:

Estou farto dessa gente que não sabe o que é debate intelectual, que toma tudo como pessoal, porque se vê como a medida para a verdade.

Ah, ele parece saber o que é debate intelectual. A dialética erística Ariovaldo usa sem parar. Já silogismos com um mínimo de rigor... aí é mais difícil. Mas ele quer falar em justiça, e beija Hugo Chávez. Quer falar no valor da vida humana, e defende o aborto. Quer falar em fé cristã, mas defende Lula, anda com Caio Fábio, Ed René Kivitz e toma as dores de Marina Silva, a melancia (verde por fora, vermelha por dentro) da “Bléia”, que chorou ao assistir Avatar, aquela celebração do panteísmo eco-chato.

Antes de falar em “debate intelectual”, Ariovaldo Ramos ainda precisa entender o que é o princípio epistemológico da não-contradição. Principalmente se quiser realmente ser considerado um cristão, que entende e obedece às Sagradas Escrituras.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Reflexões após o XII Congresso da VINACC


Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
João 17:16,17.

Líderes e palestrantes de diversas denominações, unidos, reafirmando a Palavra de Deus como o alicerce para uma vida cristã plena, pura, e capaz de impactar a sociedade de forma relevante e abençoadora. Algo que certamente alegrou e honrou ao Senhor Jesus, que, na chamada oração sacerdotal de João 17, pede a Deus Pai:

21)a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
(22) Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; (23) eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.

Palestras sobre doutrinas fundamentais da fé cristã, ciência, sexualidade, apologética, um painel sobre globalismo, política e a ideologia queer (gayzismo), eventos artísticos, e um povo amável que manteve o Parque do Povo, no centro de Campina Grande (PB), lotado. Como nenhuma dessas coisas se dão nem se harmonizam ao acaso, ficou clara a ação de Deus em tudo. A provisão, a proteção e a direção dEle se fizeram manifestas.

Problemas? Coisas a serem melhoradas? Também. O evento estava repleto de seres humanos, meu chapa.

Assim foi o XII Congresso Nacional da Consciência Cristã, uma iniciativa da VINACC. Fica o exemplo para a igreja do sul do país, que tem recursos, gente capacitada, e que pode, unida, e em Deus, fazer diferença, alargar o espaço de suas tendas, resgatar vidas, e preparar seus futuros líderes.

Quanto a mim, aprendi a dar palestra (acho...). Fui para abençoar, mas nada do que fiz se compara ao que o Senhor fez na minha vida. É sempre assim. Ele sempre nos surpreende, Ele sempre tem o melhor para os seus filhos. O amor dEle nos constrange.

Para 2011
O retorno para o evangelho da cruz. Este será o tema do XIII Congresso Nacional para a Consciência Cristã de 2011, e foi muito bem escolhido. Quando se atenta para a importância da ordem de Cristo “tome sua cruz e siga-me”, e para a centralidade da cruz na pregação e no ministério do apóstolo Paulo (nós pregamos a Cristo, e este crucificado), pode-se perceber melhor a relevância do tema na vida cristã.

Nas palavras de Donald Carson, no livro A Cruz e o Ministério Cristão (Ed. Fiel, 2009, págs 50, 51):

A mensagem da cruz esmaga as grandes idolatrias do mundo eclesiástico: nossa autopromoção interminável, amor ao mero profissionalismo e nosso vício por métodos bem definidos. Sem dúvida, em algumas circunstâncias, pode ser errado criticar qualquer dessas tendências. No entanto, consideradas juntas, elas formulam um padrão de ministério que está tão distante da mensagem da cruz, do demonstrável alcance da cruz e desta descrição neotestamentária do pregador da cruz, que temos de confessar, com vergonha, que nos voltamos aos ídolos e por isso arrepender-nos de nosso pecado.

O Congresso da VINACC tem o mérito de tratar assuntos que quase a totalidade da igreja brasileira nem sequer reconhece como importantes para a vida cristã. Muitos de nossos líderes ainda acham que política, geopolítica, cultura e o papel dos meios de comunicação de massa e a construção de conhecimento firmemente embasado e harmonizado com a Palavra de Deus não seriam “assuntos espirituais”. Em 2011, a mensagem da cruz, e o chamado ao quebrantamento, ao arrependimento, e à uma reavaliação de nossas diretrizes existenciais e ministeriais que tal mensagem evoca, estarão no centro das discussões na próxima edição do congresso. Num tempo em que a proliferação de pseudo-evangelhos repletos de misturas com doutrinas humanas (até com socialismo!) é um fato notório e alarmante, o retorno à cruz por parte dos que realmente crêem no sacrifício definitivo de Cristo, Rei do Reis, e Senhor dos Senhores, é fundamental, é de suma importância.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Eu, no XII Congresso Nacional da Consciência Cristã


Supondo que nunca existiu nenhum indivíduo neste mundo, em nenhuma época do tempo, que nunca haja vivido uma vida cristã perfeita em todos os níveis e possibilidades, tendo o Cristianismo sempre brilhante em todo o seu esplendor, e parecendo excelente e amável, mesmo sendo essa vida observada de qualquer ângulo possível e sob qualquer pressão, eu resolvi agir como se pudesse viver essa mesma vida, mesmo que tenha de me esforçar no máximo de todas as minhas capacidades inerentes e mesmo que fosse o único em meu tempo.
(Resolução 63, de Jonathan Edwards, 14 de Janeiro e 3 de Julho de 1723)

Certo dia orei: “Senhor, quando, e se o Senhor quiser, que me chamem, pois eu não vou atrás disso”. E não é que me chamaram para ensinar o que tenho aprendido ao longo dos últimos anos! Quem chamou foi o pastor Euder Faber, presidente da ONG (essa é “do bem”, e não “do B”, como a maioria) VINACC – Visão Nacional Para a Consciência Cristã. A indicação foi do meu amigo Julio Severo.

E lá vou eu para o XII Congresso, um evento consolidado e influente, realizado anualmente em Campina Grande, na Paraíba. Para mim, um desafio, afinal, dentre outros preletores estão Luiz Sayão, Adauto Lourenço e Russell Shedd. Mas vou com fé, crendo que é Deus quem está me capacitando. Vou participar do 2º Painel sobre Políticas Públicas e Estratégias da Nova Ordem Mundial, cujo tema será “Confrontando a Ideologia “Queer”. Vou debater esse tema com o teólogo Franklin Ferreira, a psicóloga Rozângela Justino, e com os pastores Joide Miranda, ex-travesti, e Jorge Noda.

Também serei o preletor do 3º Fórum de Capacitação de Lideranças Cristãs, abordando três temas:

“A Ética Esquecida: A Ética Intelectual do Cristão”;

“Ética Cristã: Fundamentos e Princípios para a Excelência Pessoal e Institucional”, e

“Ética Cristã e Mídia de Massa: Preparando-se para o Combate Cultural”.


Por enquanto, estou estudando, organizando o material das palestras, coletando informações, documentos, medito na Palavra de Deus, e busco seguir a recomendação do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo: “torna-te padrão dos fiéis”, pois, como esse jovem pastor da igreja do primeiro século, desde a infância conheço “as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”.

Mais informações, no site no VINACC.
Fiquem com Deus!
Fui!