Quase todas elas são bobagens sem mais tamanho, mas se há uma característica da tal pós-modernidade, (são poucos os bons teóricos que usam tal termo) é a descrença na possibilidade de um conhecimento pleno sobre as coisas, o ceticismo quanto à pura apreensão do que de fato é um objeto por parte do sujeito; enfim, a descrença na objetividade racional. “A razão sempre é afetada pelas influências externas, condicionadas socialmente”, diz o pós-moderno, conspurcando imanentismo e lançando toneladas de terrestrialização sobre os ombros alheios. De qualquer explicação lógica da origem transcendente dessas “influências externas” tais teóricos fogem como o diabo da Luz. Pois correriam o risco de ter de lançar o discurso que lhes confere autoridade e bons salários no lixo.
Engraçado é que eles criticam a validade da “lógica linear”, mas não conseguiram estabelecer qualquer lógica multilinear, não linear ou coisa que o valha para refutar as velhas premissas das teorias do conhecimento embasadas sobretudo em Aristóteles. Criticando a lama em que os porcos iluministas chafurdam, as bernes encalacradas sugerem aos seus hospedeiros os esgotos pútridos da irracionalidade.
A presunção dos parasitas pós-modernos também começa lá na metafísica tosca de Kant. Sim, não há ninguém “neutro”, tampouco livre de influências, mas essa visão puramente quantitativa da verdade, desprovida do conhecimento mesmo dos fundamentos da própria objetualidade, legitimou o pai dos métodos tronchos e modelos apriorísticos baseados no umbigo do sujeito e no desconhecimento do objeto: o subjetivismo. A partir desse “cada um na sua”, nasce nas planícies áridas da ignorância o cacto relativista.
É nisso que dá a “razão” sem Deus dos modernos e o “nem razão moderna, nem Deus” dos ditos pós-modernos. Quando a Bíblia fala que a sabedoria edificou para si uma casa, é porque tal sabedoria não só é possível, como habita num lugar definido e seguro. Quando por meio do profeta Oséias Deus declara que meu povo padece por falta de conhecimento, fica claro que o conhecimento não só é possível como é absolutamente necessário ao homem. Quando observa-se a evolução das idéias materialistas e os resultados medonhos do advento destas na sociedade, percebe-se que a humanidade jamais deveria ter esquecido que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria.
Pior do que a burrice dos materialistas é a dos sedizentes cristãos que endossam os tais pressupostos pós-modernos. Mas é assim mesmo. O suicídio intelectual e o espiritual sempre andaram juntos.
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