Que o ‘bom’ é inimigo do ‘melhor’ é sabido. O que me espanta é perceber que o ‘ruim’ é inimigo dos dois, e parece ser tão cativante, ao menos para alguns. Me assombra ver tantas pessoas se contentarem com tão pouco. Sabe aquela pessoa que, de tão acostumada a ver as atrações musicais do programa do Faustão ou das rádios FM, “acha chato”, “pra velho”, escutar um virtuoso pianista executar Liszt (ah, Liszt) ou então a Sinfônica de Viena? Pois é.
Não que eu seja o mais rigoroso dos elitistas culturais, estou longe disso, e o que quero destacar é que o problema é ainda mais grave quando não se trata apenas de arte e cultura, mas sim da vida espiritual. Jesus nos prometeu vida em abundância, mas vejo muitos cristãos com uma vida capenga em tantas áreas que só posso chegar a essa conclusão: miséria certamente vicia. São emocionalmente frágeis, cheios de complexos, orgulhosos/tímidos, (nesse caso o problema é exatamente o mesmo, apenas com manifestações distintas) etc. Mas ao serem confrontados a se posicionar de forma diferente, a correr como a mulher com o fluxo de sangue em direção a Jesus e receber a cura que as farão voar mais alto, se retraem, fingem que não é com elas e prolongam suas existências (vida aquilo não é) naquela versão distorcida e amesquinhada do Evangelho que inventaram para si mesmas, para acomodar suas misérias. Triste de ver.
É preciso estar atento e pedir para o Senhor mostrar em quais áreas da vida pode-se estar nessa condição. Ninguém está livre de se viciar na miséria em alguma área, e não se conformar com ela fará com que sejamos odres novos, capazes de receber o vinho novo que nos encherá de alegria e nos capacitará para toda boa obra.
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