quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Nenhuma chance para o desespero

Pior do que pecar, é “desesperar do pecado”, afirma Sören Kierkegaard n´O Desespero Humano. O teólogo (ou filósofo, se preferirem) dinamarquês usou este termo para designar aquele desgaste oriundo da negação do arrependimento: desesperar do pecado é um segundo abandono, e que, como dum fruto, espreme do pecado as últimas forças demoníacas. Neste sentido, ainda faz outra observação: poderia dizer-se que começa por renegar o bem, e se acaba por renegar o arrependimento.

Sabemos, é arrependimento que nos traz o perdão. Ao pecarmos, deve-se buscar um arrependimento genuíno para que o sangue de Jesus Cristo nos purifique; ter sempre em mente que somos pecadores e que, como avisa Kierkegaard, é um pecado a mais o estado de contínuo de pecado, (...) permanecer no pecado é renová-lo.

Aprecio duas passagens “anti-desespero”, que me confortam nos momentos que me deparo com os mais vis aspectos da minha natureza pecadora. São estas:

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados por Deus mediante a morte de seus filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. (Romanos 5:8-10)

Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior que nosso coração; e conhece todas as coisas. (I João 3:20)

Não será quantidade alguma de pecados que anulará o sacrifício redentor de Jesus Cristo pelas nossas vidas. Não há motivo para fugir do perdão. Tampouco para permanecer no pecado.


ps: Postado aqui da casa da minha amiguinha Norma Braga.

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