Se hoje há um perfil de pessoa que consegue, em qualquer conversa, calar minha boca, é aquela que, visível e assumidamente desinformada, ratifica seus posicionamentos primários, seus preconceitos mais pueris, mesmo após ouvir um considerável montante de informações novas e explanações – as quais até considera corretas, plausíveis e lógicas. Isso não só me cala como me assusta. Pois parece que nada mais importa a tais pessoas além de seus achismos simplórios, que lhe dão todas as explicações possíveis sobre tudo, bem como a medida de sua visão de mundo.
O que me preocupa na atual ideosfera brasileira não é só a existência dessas pessoas. É constatar que a maioria esmagadora comporta-se dessa forma. Disparando clichês e frases-feitas assim que se toca em certos assuntos. Tais reações variam do gracejo bobo – alguns já bem previsíveis – até manifestações de fúria e severa reprovação.
Triste é perceber que parentes, amigos e outros que até ontem eu considerava esclarecidos estão desse jeito. Antes fossem apenas os âncoras dos telejornais...
Se hoje o louco da história sou eu, tudo bem. O futuro dirá. Ficarei feliz em estar errado. Se estiver correto e se tudo continuar como está, espero que Deus me permita, quando esse futuro chegar, estar bem longe do Brasil.
Que o Senhor sare essa nação. Porque o que se planta, colhe.
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