quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Sempre eles

A condenação radical do conhecimento histórico e filosófico deve ser identificada como um fator importante em nosso ambiente político-social, porque aqueles que a ditam não podem sequer ser chamados de impostores intelectuais – seu horizonte de consciência é por demais limitado para que estejam conscientes de sua desonestidade objetiva. Devem, portanto, ser caracterizados como analfabetos funcionais com uma forte ânsia de autopromoção.
Eric Voegelin


No dia 22 de agosto o projeto de lei de "democratização da mídia" será lançado no Congresso Nacional. A apresentação da proposta, intitulada como “de iniciativa popular” já está sendo trabalhada e articulada com toda a vasta rede de militantes, ONG´s (Intervozes, Andi, e outras, financiadas também pelo banco Itaú), tentáculos para-partidários de que o PT e a elite globalista dispõem. Sabe-se o que querem: é o velho sonho do Zé Dirceu, o controle da mídia. Quem leu Orwell sabe que para essa turma “guerra é paz”, e neste caso, “democracia é controle”. Não se pode esquecer o que foi a Confecom e o chiste de Millôr Fernandes: “democracia é quando eu mando, quando você manda, é ditadura”, o que podemos considerar uma boa síntese da mentalidade esquerdista. Lá vêm eles de novo. O PT e seus comparsas. Graça Salgueiro destaca que o controle da mídia foi o assunto mais debatido no último encontro do Foro de São Paulo, realizado há poucos dias. E as FARC já afirmam que apóiam tal controle.

Começaram os tumultos e as manifestações que deixaram pelo menos 10 mortos – o jornalista José Maria e Silva contabilizou 16 -, custaram milhões de reais em prejuízos e só deram ocasião para o governo acelerar a venezuelanização do país. Quem começou a palhaçada toda? O comparsas do PT. Aparece a “Mídia Ninja” armando das suas, posando de independentes e denunciando a polícia carioca. Até que a farsa chega ao fim. E quem são eles? Comparsas do PT. Figuras grotescas típicas da militância feminista promovem um freak-show pornô, grotesco e blasfemo, só para afrontar católicos em plena JMJ. Vamos ver quem são? Amiguinhas do PT.

Olavo de Carvalho denuncia o Foro de São Paulo, e Breno Altman tem chiliquinho. Passam-se algumas horas, e todos vêm a saber quem ele de fato é: comparsa do PT. Mais um. Sempre eles.
E o gigante novamente adormeceu. Babando no sofá após o Jornal Nacional e a novela. Sabe como é: é muito conteúdo para um dos povos que menos lê no mundo. Dorme, mas sonha: quer mais saúde, mais educação, mais empregos. Ou melhor: querendo continuar a ser enganado, sonha com mais saúde estatal, mais educação estatal, e claro, um emprego estatal. É brasileiro e não aprende nunca. Não consegue conceber uma vida, uma sociedade e uma economia relativamente livre do intervencionismo de um Estado que ao longo de décadas tem inviabilizado carreiras, vocações, frustrado ideais, imposto o auto-exílio para as melhores mentes que surgem no país e roubado, nos últimos anos, via impostos abusivos, quase 40% do que o “contribuinte” (desaforo, hein?) ganha. Enfim, brasileiro tem medo do capitalismo porque nunca o viu. É puro medo do desconhecido. E depois o burro é o americano. Esse ser que inventou o blues, o jazz, o jeans, a t-shirt, o rock, e o melhor, os “checks and balances”. Para quê saber onde fica Brasília no mapa?
A matança nossa de cada dia prossegue: os quase 50 mil homicídios anuais podem ser muitos mais. Em 2010 podem ter chegado a 60 mil. Mais armas, contingente e preparo para as polícias? Nem pensar, isso é idéia que causa arrepios à elite progressista que comeu ração foucaultiana. Reduzir a maioridade penal? Ah, “coisa de fascista”. O que pressupõe que o adolescente brasileiro é retardado moralmente quando comparado aos de outros países. O legal é deixar o Estatuto da Criança e do Adolescente tratar marmanjo com quase trinta anos na cara como criança. No país da malandragem e da conexão PT-FARC, o “jovem infrator” é sempre a vítima da sociedade. Mas para certas figuras da nossa esquerda hegemônica, é com Dadinhos e Zés-Pequenos que se constrói uma grande nação. Pátria de chuteiras e ‘AK’ na mão. Seu herói morre de overdose e seu inimigo, no poder, fala exatamente tudo o que você gosta, e assim você, como boa “mulher de malandro”, continua votando nele. A chamada “maldição de Saturno” presente no processo revolucionário é realmente assustadora: a revolução começa a devorar seus filhos muito antes que eles percebam.
Falei na aliança PT-FARC. Lá estão seus amiguinhos e simpatizantes, no Foro de São Paulo, que continua dando as cartas na América Latina. “Nunca ouvi falar”. Claro que não, criatura. Em jornal sustentado pelo governo você não verá nada mesmo sobre o Foro. Ou quase nada. O poder, para ser total, precisa ser invisível. Ou no mínimo discreto. “Ah, acho esse negócio ‘muita viagem’”. Aí eu pergunto se o cara já entrou no site do Foro. “Ah, tem site?”, responde a criatura, com cara de toalha pública usada. Há figuras nessa terra que, enquanto não trabalharem num gulag tropical, ao ouvirem qualquer prognóstico um tanto desagradável sobre os rumos do país, para elas, será coisa de gente paranóica. Por mais que mal consigam verbalizar suas muitas insatisfações. Por mais que nos olhos você veja frustrações inúmeras. Almas fragilizadas e estupidificadas pelo convívio com pessoas embrutecidas, cínicas, hedonistas, presunçosas e ignorantes. O país onde há quem se diga cristão e que, diante da idéia de combater o aborto, o estúpido diz: “ah, há outras questões mais importantes a serem discutidas”. Mas por 20 centavos ele aceita se tornar massa de manobra.

Se hoje somos terra devastada, é por sermos muito mais do que “analfabetos políticos”. Como nação, nos tornamos suicidas culturais, eunucos espirituais - para usar o termo de Voegelin - que se castraram assim que viram o preço do compromisso que as experiências que evocam o eterno, o bom, o belo e o verdadeiro nos cobram. Restará a barbárie. Que para muitos nem sequer foi uma escolha. Não souberam que era possível escolher. Pois quem lhes contou a história toda foram eles: os amiguinhos do PT. De ontem e de hoje. Dos quais alguns crimes e pilantragens podem vir a público a qualquer momento, para escândalo efêmero do povão, enquanto o plano mestre de dominação avança, destruindo o já combalido Estado de direito, roubando recursos e liberdade, dividindo e conquistando.

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